quinta-feira, 30 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
Silêncio
O silêncio às vezes vem cercado de flechas invisíveis que ferem sem percebermos bem onde...
O silêncio que pode querer dizer tanta coisa, ou não querer dizer nada.
Grito no silêncio destas 4 paredes, por tudo que não pode ser dito, pelos sentimentos que têm de ser guardados, pelos instantes que não podem ser vividos, por tudo o que quis dizer... pelas oportunidades que o tempo levou.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
La finestra di fronte
dopo di te, il rosso non è più rosso. L'azzurro del cielo non è più azzurro. Gli alberi non sono più verdi.
Dopo di te, devo cercare i colori dentro la nostalgia che ho di noi.
Dopo di te, rimpiango persino il dolore che ci faceva timidi e clandestini. Rimpiango le attese, le rinunce, i messaggi cifrati, i nostri sguardi rubati in mezzo a un mondo di ciechi, che non volevano vedere perchè, se avessero visto, saremmo stati la loro vergogna, il loro odio, la loro crudeltà.
Rimpiango di non aver avuto ancora il coraggio di chiederti perdono. Per questo, non posso più nemmeno guardare dentro la tua finestra. Era lì che ti vedevo sempre, quando ancora non sapevo il tuo nome.
E tu sognavi un mondo migliore, in cui non si può proibire ad un albero di essere albero, e all'azzurro... di diventare cielo.
Non so se questo è un mondo migliore... ora che nessuno mi chiama più Davide... ora che mi sento chiamare soltanto signor Veroli, come posso dire che questo è un mondo migliore? Come posso dirlo senza di te? "
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Para todos os ninfomaníacos...
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Janela para o passado
domingo, 19 de outubro de 2008
I remember way back when...
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Il Fiore delle Mille e una Notte
Um filme de 1974, faz parte da lista dos filmes censurados e polémicos na história do cinema, venceu o Grande Prémio Especial do Júri no Festival de Cannes, mas foi censurado em vários países, sendo que apenas estreou no EUA em 1980.
Boa companhia, (muito) boa disposição e as desventuras de Nur ed Din em busca de Zumurrud.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Angel of Hell
No final do ano passado, fui com uma amiga a uma galeria em Lisboa.
Ao entrar naquele atelier acolhedor e recheado de pinturas que maravilhavam os meus olhos, deparei-me com o "Angel of Hell". Aquele instante foi arrebatador, apenas num olhar, tive a certeza que aquele seria o quadro que gostaria de comprar. Vi outros bonitos, aliás muito bonitos, mas aquele era de facto, "O Tal". Com aquele vermelho e os cristais swarovski espalhados a darem um brilho singular à tela. Algo que nenhuma foto poderá "retratar" na perfeição.
Enquanto a minha amiga tentava escolher, eu aventurei-me em perguntas sobre o quadro, pois cada pintura tem uma história e essa história vai-se subdividindo pelas inúmeras histórias das pessoas que a vêem e que adaptam a essa história, a sua própria. O anjo 'fugidio' baseado em "Ganymede" de Antonio Allegri Correggio (1489-1534), tinha para mim muitos outros significados, tão pessoais...
Na altura comentei com o pintor, que se tivesses possibilidade, compraria aquele quadro, mas "faltavam-me as paredes!", ao que o pintor me respondeu "eu primeiro tive os quadros e só depois as paredes."
Não comprei o quadro na altura, passei a ter "as paredes", embora vazias e um dia, depois de ter pensado naquele quadro durante vários meses, voltei ao site do pintor e além de todas as coincidências que o quadro tinha para mim, em numeração, estava exactamente na posição correspondente ao dia do meu aniversário.
'Tinha mesmo de ser meu!', pensei.
Tentei contactar o pintor, mas sem muito espanto, embora com alguma tristeza, o quadro já tinha sido vendido.
Eu tinha começado a trabalhar no mês em que fui à galeria e aquela visão do pintor, no momento, pareceu-me acertada para um artista. Mas hoje, compreendo plenamente que ter um quadro antes de ter "as paredes", não é apenas para um artista, mas para alguém que se apaixona verdadeiramente por algo e que por deixar passar aquele instante, acaba por perder a oportunidade de ter algo tão precioso.
Tem tudo a ver com paixões e o poder que elas exercem sobre nós...
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Tenho a vida bagunçada...
domingo, 12 de outubro de 2008
Mi Ricordo
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Os acasos...
THE BROKEN HEART
by John Donne
He is stark mad, whoever says,
That he hath been in love an hour,
Yet not that love so soon decays,
But that it can ten in less space devour ;
Who will believe me, if I swear
That I have had the plague a year?
Who would not laugh at me, if I should say
I saw a flask of powder burn a day?
Ah, what a trifle is a heart,
If once into love's hands it come !
All other griefs allow a part
To other griefs, and ask themselves but some ;
They come to us, but us love draws ;
He swallows us and never chaws ;
By him, as by chain'd shot, whole ranks do die ;
He is the tyrant pike, our hearts the fry.
If 'twere not so, what did become
Of my heart when I first saw thee?
I brought a heart into the room,
But from the room I carried none with me.
If it had gone to thee, I know
Mine would have taught thine heart to show
More pity unto me ; but Love, alas !
At one first blow did shiver it as glass.
Yet nothing can to nothing fall,
Nor any place be empty quite ;
Therefore I think my breast hath all
Those pieces still, though they be not unite ;
And now, as broken glasses show
A hundred lesser faces, so
My rags of heart can like, wish, and adore,
But after one such love, can love no more.
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É doido varrido quem alguma vez disser
Que esteve apaixonado por uma hora;
Não que o amor tão cedo se deteriore,
Mas porque pode devorar dez em menos tempo.
Quem me acreditará se eu jurar
Que sofri dessa praga por um ano?
Quem não se riria se eu dissesse que vi
Um cantil de pólvora arder durante um dia?
Ah, que ninharia é um coração
Se alguma vez cai nas mãos do amor!
Todas as outras dores cedem lugar
A outras dores, e pouco ocupam por si próprias.
Elas chegam até nós, mas o Amor absorve-nos.
Engole-nos, e nunca mastiga:
Como fogo de metralha, mata fileiras inteiras,
Ele é a lança tirana, nossos corações a ralé.
Se assim não fosse, o que aconteceu
A meu coração da primeira vez que te vi?
Trazia um coração quando entrei na sala,
Mas da sala parti sem levar nenhum:
Se tivesse fugido para ti, sei
Que teria ensinado o teu coração a mostrar
Mais clemência para comigo: mas, infeliz!
Ao primeiro toque o Amor estilhaçou-o como vidro.
Porém, nada em nada se pode converter,
Nem qualquer lugar ficar de todo vazio,
Por isso penso que no meu peito estão ainda
Todas essas partes, embora desunidas;
E agora, como os espelhos partidos que mostram
Uma centena de faces menores, assim os cacos
Do meu coração podem gostar, desejar e adorar,
Mas, depois de tal amor, não mais podem amar.
208 - Discoveries
Sentei-me na cama a olhar para esta parede e compreendi o quanto aquelas imagens se identificavam comigo. Era o quarto dos Descobrimentos. Os pássaros são apenas uma pequena amostra do desenho, mas materializavam o meu desejo de voar sempre para lugares distantes em busca de novos sonhos, novas imagens, novas lembranças antes de regressar ao "ninho" que sempre me acolhe.