quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os lenços... e as 7 formas de os usar




Hoje descobri este vídeo e não quis deixar de o publicar aqui... sempre que precisar, saberei onde encontrar :)

quarta-feira, 11 de maio de 2011


Um passo, todos os dias dou mais um passo para longe de alguém, para mais perto de outro alguém, mas sobretudo, dou mais um passo, certa de que melhor ou pior, foi o caminho que escolhi.
Nem sempre é fácil não mudar a direcção, não querer voltar a atrás e procurar aquela pessoa que durante tanto tempo fez parte da nossa vida. Mentiria se dissesse que sim! Mentiria se dissesse que não há momentos em que me lembro dessa pessoa, mentiria se dissesse que essa lembrança não me traz uma saudade que dói, que aperta, que ainda magoa. Mas na verdade, depois que tomei este rumo, essa saudade não passou de alguns momentos dispersos no passar dos dias, até há pouco tempo...
Durante muito tempo estive desligada e confesso que a última sensação que ficou naquele lobby do hotel, foi de que nunca mais iria olhar para aquela cara e nunca, mas mesmo nunca mais, iria sentir falta daquela pessoa. 
A verdade é que é muito mais fácil para alguém que tem companhia seguir em frente, do que para alguém que vai continuar o seu percurso sozinho... é preciso ter força para manter na cabeça aquilo que nos fez afastar e nunca buscar sequer uma desculpa para ter qualquer tipo de contacto. Sinto um imenso orgulho por ter conseguido, sinto-me grata pela distância e por tudo o que conquistei, mas se há coisas que por mais que a distância nos iluda não nos abandonam, são os sentimentos e as lembranças quando verdadeiros.
Neste último mês e depois de muito tempo, excluindo como é óbvio as recordações pontuais, voltei a sentir um aperto que só associo às lembranças desse alguém e à sensação irremediável de perda. Como se algo me tivesse sido tirado novamente e  tivesse sido levado para longe e por mais que eu fite o pensamento com o "está tudo bem, esse pedaço já não faz falta" a dor no peito mantém-se, irremediável e persistente.
Não sei o porquê desta sensação e muito menos consigo explicar que diferença fará esse longe ou perto, esse hipotético afastamento, daquilo que na verdade pensei estar já tão longe... 
Nunca entendi os pressentimentos que tinha, assim como nunca os consegui controlar e evitar que fossem tão certos, apesar do mau estar que me causavam.
Esse mau estar ronda os meus últimos dias, como uma melga nas noites de verão em que estamos quase a adormecer e o zumbido nos desperta de novo... e como sempre, eu procura na escrita, a cura para a angústia, como se fosse um soporífero para a alma.
Só com a distância do tempo nos apercebemos que alguns sentimentos não nos vão abandonar por mais que nos esforcemos; que existem pessoas que marcam a nossa vida de forma tão profunda que não existe borracha ou corrector eficaz para as apagar completamente; que é normal sentir saudades e que nenhuma pessoa poderá substituir, alguém que não escolhemos amar, mas amamos mesmo com todos os seus defeitos. E por vezes, essa pessoa tão imperfeita que olhamos como se fosse o poço de virtudes capaz de tornar todos os nossos dias felizes, afinal não era para nós.
Então, resta-nos agradecer o facto de conseguirmos ver isso, entender essa inevitabilidade com o coração e ter força para dar todos os dias mais um passo, mais um passo na direcção de um imperfeito que nos seja destinado.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bamboo Blues

Para mim, os vestidos de Shantala e mesmo a sua imagem foram o meu guia para a Índia. Maravilhada, Encantada, Arrebatada, Apaixonada, foi assim que fiquei ao assistir a este espectáculo, em que durante toda a primeira parte não consegui tirar os olhos do palco. Pina, obrigada pelos momentos de rara beleza que continua a semear pelos cantos deste mundo!


"É uma certa Índia, uma possibilidade de Índia. Porque não é possível definir tamanho país, nas suas brutais diferenças e contradições, o Tanztheater Wuppertal focou-se nas sensações e impressões colhidas em residências artísticas em Calcutá e Kerala – odores, cores, sabores – para traçar o retrato pessoal de uma cultura sobre a qual “sabemos tão pouco”. Depois das peças “topográficas” sobre Palermo, Lisboa, Istambul ou Tóquio, e antes da derradeira produção em Santiago do Chile, em 2009, Pina Bausch deixou uma síntese da Índia contemporânea e das tradições ancestrais, como a mitologia ou a dança clássica indiana. Shantala Shivalingappa destaca-se, com os seus solos, do conjunto de 16 bailarinos, que dão corpo a uma coreografia vibrante, de intensa fisicalidade, com velozes movimentos de pés. Com um fino humor (em que múltiplas ventoinhas convivem com simulações de elefantes), uma disposição optimista (apesar dos conflitos e do absurdo) e a comicidade e inspiração de elementos locais (como os panejamentos ou os bambus), Bamboo Blues convoca Talvin Singh e a Bombay Dub Orchestra com o mesmo à-vontade com que introduz uma foto de um casal de estrelas de Bollywood. A nota dominante, porém, é melancólica, como o próprio título sugere. Nostalgíndia?" TNSJ

domingo, 1 de maio de 2011

La Prima Cosa Bella


Um filme que coincidou com o Dia da Mãe em Portugal e que se deve guardar pela força, garra e alegria desta mãe, que mesmo após algumas situações humilhantes recebia os filhos com aquele sorriso e ar leve de alguém que acabou de os levar ao parque para comerem um gelado.
Também nos faz pensar na beleza de todas as boas mães, que mesmo quando os anos pesam e a rugas tomam conta do rosto, das o e a doença lhes rouba aos poucos a vitalidade de outrora, o olhar terno e cheio de amor está ali, em cada pestanejar e em cada lembrança e na certeza, de que aconteça o que acontecer esse amor é incondicional.
 "Porque a infância só é feliz a posteriori, quando já é memória como a própria fotografia do filme é bela quando retrocede."

Realização: Paolo Virzì
Argumento: Paolo Virzì , Francesco Bruni e Francesco Piccolo
Elenco:
Valerio Mastandrea, Micaela Ramazzotti e Stefania Sandrelli

O que significa ter uma mãe belíssima, cheia de vivacidade, frívola e perturbadora? Esta é a angústia que desde sempre acompanhou Bruno, filho primogénito de Anna. No Verão de 1971, Anna fora coroada “a mais bela mamã” na estância balnear mais famosa de Livorno. Presentemente de relações cortadas com a sua cidade natal, Bruno é chamado pela irmã, Valéria, pois talvez seja a última oportunidade para ver a mãe com vida, dado esta estar internada nos cuidados paliativos. Aquela mãe explosiva, ainda bela e cheia de vida, contrariando todos os prognósticos médicos, parece não ter qualquer intenção de morrer. O reencontro ao fim de tantos anos força Bruno a recordar as vicissitudes familiares que quis a todo o custo esquecer. O resultado é uma reconciliação inesperada: a última lição de vida e de confiança no prazer de viver, desta mãe desconcertante e especial.