sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Hedda


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Olhar para Hedda como uma mulher à procura de um fundamento, de arma em punho, pronta a defender ou seguir uma ideia até ao fim e a sair vencedora derrotada numa morte contraditória, que funciona como uma coroa de folhas de videira na cabeça de quem perde. Uma mulher determinada a viver uma impossibilidade ou, roubando as palavras ao filósofo alemão Marcus Steinweg, determinada a viver “um sonho com valor de verdade”. E uma mulher que arrasta todos os que vivem em seu redor, questionando-os, desequilibrando-os, pondo-os em causa, como aliás a arte é e deve ser capaz de fazer.
José Maria Vieira Mendes - Excerto de “Sobre o trabalho: Hedda (Gabler)”. In "Hedda": [Dossier de Imprensa]. Lisboa: Artistas Unidos, 2010.

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