sexta-feira, 29 de abril de 2011

Passione




Baseado na sua paixão por Nápoles, e no facto de ter crescido num ambiente em que a música era um ponto chave, John Turturro realizou este filme em forma de documentário para contar a história da cidade italiana.
As imagens servem a música nesta visita guiada pelas ruas, casas, pela praia e os cantores viram actores que contam, cantam e encantam. São o cartão de visitas para uma cidade de contrastes entre o burlesco e o sensual.
Um filme que dispõe bem!



Para mim, uma das cenas mais bonitas do filme

Fotos retiradas deste site

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Joel Xavier @Hard Club

Carimbo de entrada

Esta sexta-feira fui prendada com um concerto de Blues no Hard Club, Porto. Costumo ter alguma sorte em Passatempos, sobretudo se eles implicam o envio rápido de e-mails... começa a ser hábito que a participação resulte no meu nome na lista de vencedores, e desconfio que um dia que concorra e não vença vou sentir uma profunda desilusão ou acreditar seriamente que "falsificaram" os resultados. É como se tivesse adquirido um quase estatuto neste tipo de passatempos!! Brincadeiras à parte, o convite que veio em forma de carimbo, levou-me pela primeira vez ao Hard Club, depois de um dia todo a fazer arrumações em casa e em que a preguiça só não venceu, porque seria injusto ter ganho um convite e depois não ir, quando com certeza, muitos outros gostariam de lá estar. E ainda bem...
Conhecia o guitarrista de nome e de ter ouvido alguns comentários positivos, bem como de ter visto alguns vídeos no youtube.
Nenhum dos comentários ou vídeos faz jus aquilo a que tive o privilégio de assistir, sobretudo sabendo que se trata de um artista nacional, é um motivo de orgulho saber que naquele palco, a tocar daquela forma, estava um português.
Acompanhado por 2 músicos brasileiros, Markus Britto no baixo e Milton Batera na bateria, Joel Xavier que tocou com músicos como Herbie Hancock, Paquito d'Rivera e Chucho Valdés, deixou a plateia, em que me incluía, deliciada com a qualidade do espectáculo.
Sempre animado e de grande qualidade, o concerto manteve a plateia a dançar ou simplesmente e admirar o espectáculo musical.


No encore ainda fomos presenteados com "Hit the Road Jack...", música original de Percy Mayfield, que se tornou conhecida pela voz de Ray Charles e que todo o público fez questão de acompanhar de forma animada.
Joel Xavier, agradeceu ao Hard Club o convite e lamentou nestes 20 anos de carreira ter vindo tão poucas vezes ao Porto. Agradeceu também ao público e sem qualquer vedetismo, mostrou-se disponível para conversar, autografar CDs ou mesmo um papel a quem quisesse, bastava que o esperassem na entrada. 
Eu fiquei encantada com a forma simples e diria única como ele se mostrou acessível, não me lembro de ter assistido a um espectáculo tão magnífico e no final o artista se ter mostrado tão disponível. Apetece-me culpar as entidades responsáveis pela organização de concertos e distribuidoras por se esquecerem tantas vezes dos verdadeiros artistas neste país e os manterem "na penumbra" de grandes nomes internacionais que muitas vezes, ao vivo, só desiludem. 
Agradeço também eu ao Hard Club, pelo convite que recebi e sobretudo por ter trazido o Joel Xavier ao Porto. 
Obrigada!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O tempo passa... as memórias ficam!

Santa Teresa - RJ - Março 2011
A caminho de casa hoje à noite, deparei-me com algo que já não imaginava ser possível e que nos dias de hoje ganha uma beleza ainda mais extraordinária, o namoro à janela como antigamente.
Um rapaz na rua a mexer-se nervosamente de um lado para o outro, mas sempre com o olhar na direcção da janela e a menina, com um sorriso na cara que alternava entre a felicidade e a timidez, a olhar para o rapaz. Imagino a conversa deles e de repente deixo-me levar pela lembrança de um jantar em casa dos avós de um amigo meu, por quem eu era apaixonada.
Depois de algum tempo a conversar com o avô dele, ele perguntou-me:
-E vocês, como se conheceram? - referindo-se à forma como eu havia conhecido o neto dele.
Percebi de imediato que ele achava que éramos namorados, mas o seu olhar terno na nossa direcção fez-me ter ainda mais vontade de o ser na realidade... não me recordo o que lhe respondi, mas certamente a verdade, que nesta história pouco importa, pois não teve um final feliz. Importa sim, que ele me disse:
-Sabe, eu conheci a minha mulher na janela de casa dela. Eu passava lá sempre e a primeira vez que a vi fiquei apaixonado. Todos os dias que lá passava,  pensava "como gostava de a conhecer!". Apesar de alguma resistência da parte dela, consegui que começasse a falar comigo e comecei a namorá-la na janela... sempre afastados pela parede, mas no fim, acabamos por superar essa barreira.
O certo era, que apesar de ter percebido naquela tarde, que por vezes embirravam um com o outro, a história tinha começado de uma forma pura e bela e tinha superado mais de 50 anos de convivência.
Fiquei a adorar o Sr. pela ternura com que me contou aquela história, com os seus olhos azuis já cansados, mas com aquele brilho que transmitia a emoção daquela partilha. 
Apesar da lei da vida se ter encarregue de o afastar do seu amor,  ele plantou em mim a esperança de acreditar que ainda existem histórias de amor que apesar dos obstáculos, acabam por triunfar.
Hoje aquela cena fez-me lembrar o Sr. Eduardo e por algum motivo ao virar da outra esquina segui atrás deste carro...

... como se me dirigisse ao infinito do sonho perdido!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

I let YOU take me to RIO



Hoje fui ao cinema ver o filme "RIO".
Faz hoje, dia 20 Abril,  precisamente 1 mês que voltei da cidade Maravilhosa. 
É uma felicidade imensa recordar as imagens que ficam guardadas na memória de uma cidade que não é a minha, mas que sinto como se fosse... e voo, como se estivesse na Pedra da Gávea pronta para voar de Asa Delta pela paisagem que povoa a minha memória, a daquele lindo mar.
Já viajei o suficiente para poder dizer que "é bom viajar, mas é bom voltar a casa", mas quando estou no Rio, a sensação é sempre um misto de saudades da família e dos amigos, mas já uma saudade de acordar e sair à rua, com chuva ou sol, com ou sem Carnaval, mas sempre com a irónica sensação de pertencer aquele lugar...
Até breve Rio!