sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Palermo shooting
Depois de uma sexta-feira atribulada e em grande correria, no final do dia a ida ao Fantasporto não foi adiada, apesar do cansaço que tinha.
Com Wim Wenders a apresentar este filme dando uns toques humorísticos ao discurso, valeu a pena contrariar o cansaço inerente às sextas-feiras (sobretudo desta).
Palermo Shooting retrata a história de um fotógrafo, Finn Gilbert (Campino), a quem a vida corria bem (aparentemente), tinha dinheiro, fama e uma vida social activa.
No entanto, Finn depara-se com uma questão crucial, muito em voga na actual sociedade: "O que falta na minha vida?"
A Morte torna-se na questão central desta história, embora ninguém morra. Finn começa a ser "perseguido" por um personagem ilusório que representa a morte e do qual tenta escapar. Com isso é levado até Palermo onde conhece Flávia (Giovanna Mezzogiorno), restauradora de um fresco chamado " Vitória da Morte em Palermo".
Um filme diferente e com momentos dignos de registo.
A viagem de regresso a casa também foi preenchida de momentos divertidos na companhia de Lady Maga e Mr. Showgun.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Mais um...
filme indiano!
Acho que é um justo vencedor, apesar de ter apreciado muito "O Estranho caso de Benjamin Button" e a interpretação do Brad Pitt, a história apaixonante de Slumdog Millionaire, arrebatou-me (ou como diria a minha querida Muse of Hell, "dispõe bem")!
As crianças são fantásticas, a fotografia excelente, o Jamal de uma simplicidade e sinceridade que chega a tocar o coração, a Latika de uma beleza genuína e a mobilização de um país pelo sonho indiano que na realidade também podia ser o nosso.
Assim como a resposta de Jamal estava no destino, não estará a resposta para cada um de nós no destino também?! A busca incessante da felicidade, o não ter medo de arriscar, na forma às vezes cómica como aquelas crianças aprendem a ganhar a vida (parte do guia do Taj Mahal) e até ao fim da linha o acreditar que o sonho se pode realizar!
Eu acredito no destino e tenho um Anjo que me faz continuar a acreditar a cada dia!
A música fantástica que valeu um dos óscares e as imagens deste excelente filme:
Acho que é um justo vencedor, apesar de ter apreciado muito "O Estranho caso de Benjamin Button" e a interpretação do Brad Pitt, a história apaixonante de Slumdog Millionaire, arrebatou-me (ou como diria a minha querida Muse of Hell, "dispõe bem")!
As crianças são fantásticas, a fotografia excelente, o Jamal de uma simplicidade e sinceridade que chega a tocar o coração, a Latika de uma beleza genuína e a mobilização de um país pelo sonho indiano que na realidade também podia ser o nosso.
Assim como a resposta de Jamal estava no destino, não estará a resposta para cada um de nós no destino também?! A busca incessante da felicidade, o não ter medo de arriscar, na forma às vezes cómica como aquelas crianças aprendem a ganhar a vida (parte do guia do Taj Mahal) e até ao fim da linha o acreditar que o sonho se pode realizar!
Eu acredito no destino e tenho um Anjo que me faz continuar a acreditar a cada dia!
A música fantástica que valeu um dos óscares e as imagens deste excelente filme:
"...
- Vamos fugir!
- E vamos viver de quê?
- De AMOR!"
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Os filmes indianos...
Devo confessar que os filmes indianos exercem em mim um fascínio inexplicável. Até quando a pobreza se sente no limite e os cheiros nauseabundos quase que atravessam a tela, eu continuo inebriada pelas cores, pela paisagem e pela simplicidade, e muitas vezes mais profunda humanidade, das pessoas.
Em 2006 assisti ao primeiro filme indiano (que me recordo), no Lisbon Village Festival. Lembro-me de arrastar o A. para a sala de cinema no Vasco da Gama, para assistirmos ao Milk & Opium. Se estavam 13 pessoas na sala, era muito. Na altura era principiante em festivais de cinema e achei estranhíssimo um festival que tinha cartazes espalhados pela cidade, ter tão poucas pessoas na sala, afinal estávamos na capital. Nunca assisti a nada assim no Porto. Aqui faz-se fila para se conseguir bilhetes para as sessões do dia seguinte do Fantasporto e perde-se a paciência com as sessões esgotadas das Quintas de Leitura, mesmo antes de serem anunciadas...
Enfim, pormenores à parte, eu e o A. fomos assistir ao Milk & Opium de Joel Palombo, que contava a história de Swaroop, um rapaz de 14 anos que sai da sua aldeia deserta na Índia à procura do seu tio Nizam e do seu grupo de músicos. Nizam e o seu grupo fumavam regularmente ópio e tentavam enganar as pessoas com as suas crenças religiosas. Na cidade Swaroop conhece Santosh e juntos descobrem um mundo totalmente desconhecido para eles, cheio de centros comerciais e multinacionais. Milk & Opium apresenta o contraste da Índia tradicional de Swaroop e a Índia industrializada, em que a música sufi e a voz de Swaroop sobressaíam...
Neste filme não existiam actores, cada um representava o seu próprio papel na vida real, dando um realismo espantoso e que me apaixonou. Foi este filme que me fez voltar ao Festival no ano seguinte. Eu e A., ainda hoje falamos nesse filme!
Este sábado, e já inserida no ambiente Fantas assisti a Vanaja, um filme de Rajnesh Domalpalli, que conta a história da adolescente que se vê obrigada a sustentar o pai, um pescador alcoólico. Quando consegue emprego na casa da senhora mais rica da cidade, Vanaja fica radiante. Lá aprende a cantar e a dançar Kuchipudi, mas com a chegada do filho da senhoria, também aprende a ser adulta. Violada e grávida, Vanaja aprende a lidar com as adversidades e não desiste de perseguir o seu sonho de continuar a dançar.
As cores do filme, os momentos divertidos garantiram a minha continuada admiração pelos filmes Indianos.
Em 2006 assisti ao primeiro filme indiano (que me recordo), no Lisbon Village Festival. Lembro-me de arrastar o A. para a sala de cinema no Vasco da Gama, para assistirmos ao Milk & Opium. Se estavam 13 pessoas na sala, era muito. Na altura era principiante em festivais de cinema e achei estranhíssimo um festival que tinha cartazes espalhados pela cidade, ter tão poucas pessoas na sala, afinal estávamos na capital. Nunca assisti a nada assim no Porto. Aqui faz-se fila para se conseguir bilhetes para as sessões do dia seguinte do Fantasporto e perde-se a paciência com as sessões esgotadas das Quintas de Leitura, mesmo antes de serem anunciadas...
Enfim, pormenores à parte, eu e o A. fomos assistir ao Milk & Opium de Joel Palombo, que contava a história de Swaroop, um rapaz de 14 anos que sai da sua aldeia deserta na Índia à procura do seu tio Nizam e do seu grupo de músicos. Nizam e o seu grupo fumavam regularmente ópio e tentavam enganar as pessoas com as suas crenças religiosas. Na cidade Swaroop conhece Santosh e juntos descobrem um mundo totalmente desconhecido para eles, cheio de centros comerciais e multinacionais. Milk & Opium apresenta o contraste da Índia tradicional de Swaroop e a Índia industrializada, em que a música sufi e a voz de Swaroop sobressaíam...
Neste filme não existiam actores, cada um representava o seu próprio papel na vida real, dando um realismo espantoso e que me apaixonou. Foi este filme que me fez voltar ao Festival no ano seguinte. Eu e A., ainda hoje falamos nesse filme!
Este sábado, e já inserida no ambiente Fantas assisti a Vanaja, um filme de Rajnesh Domalpalli, que conta a história da adolescente que se vê obrigada a sustentar o pai, um pescador alcoólico. Quando consegue emprego na casa da senhora mais rica da cidade, Vanaja fica radiante. Lá aprende a cantar e a dançar Kuchipudi, mas com a chegada do filho da senhoria, também aprende a ser adulta. Violada e grávida, Vanaja aprende a lidar com as adversidades e não desiste de perseguir o seu sonho de continuar a dançar.
As cores do filme, os momentos divertidos garantiram a minha continuada admiração pelos filmes Indianos.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Hoje é um dia...
...FANTÁStico!!
Depois das peripécias de ontem e de alguma adrenalina motorizada para "picar o ponto" a horas, resta agora relaxar e aproveitar mais uma noite bem acompanhada... Já somos um GRUPO! :-)
C., não conseguimos ver a Ana Free, mas hoje teremos a desforra com o guerrilheiro Che!!
"Déjeme decirle, a riesgo de parecer ridículo, que el revolucionario verdadero está guiado por grandes sentimientos de amor.."
Até logo A., C., e H.!
Depois das peripécias de ontem e de alguma adrenalina motorizada para "picar o ponto" a horas, resta agora relaxar e aproveitar mais uma noite bem acompanhada... Já somos um GRUPO! :-)
C., não conseguimos ver a Ana Free, mas hoje teremos a desforra com o guerrilheiro Che!!
"Déjeme decirle, a riesgo de parecer ridículo, que el revolucionario verdadero está guiado por grandes sentimientos de amor.."
Até logo A., C., e H.!
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Não há quarta, sem quinta...
Esta foi uma semana ocupada e apesar do estado "clínico" não ser o mais favorável, deu para aproveitar a dupla sessão de comédia.
Na quarta dia 11, rumei ao Coliseu do Porto. Levantei os 2 "supostos" convites do Montepio, adquiridos pela ticketline e aguardei a descida majestosa da figura de 1,92m pela Passos Manuel, envolta num cachecol e receosa do vírus propagado naquela sala cheia de gente. Após alguns minutos iniciais de dúvida quanto à distância da fila 19 em relação ao palco, rendeu-se à evidência, embora não muito satisfeito com a ilusão de óptica demonstrada no site.
Depois de muito remexer na cadeira e algumas risadinhas, cujo ponto alto para mim foram as piadas sobre a Nereida, não me restaram dúvidas que era esperado mais do texto, não obstante a qualidade dos actores em causa.
Não deixou, no entanto de ser uma noite bem passada, embora me preocupe um pouco, o ponto de focagem contrário da minha companhia...
Dia 12, fui visitar "A Cidade dos que partem" onde a primeira grande dúvida foi saber onde ficava o tão citado L4... a dúvida permaneceu, mas o espectáculo sobrepôs-se.
Depois, desfrutei dos excelentes momentos com que o Teatro da Palmilha Dentada premiou a plateia, num "musical que é e não é bem um musical, construído que foi a partir de memórias aparentemente tão desencontradas: das raízes rurais (o canto à desgarrada de tradições populares como o Enterro do Bacalhau ou a Queima do Judas) às paixões urbanas (o teatro musical, a britcom, o musical americano via Hollywood). É certo que esta Cidade está envolta num nevoeiro tão espesso que favorece mais a gestão corrente do que uma visão de futuro, que por lá andam empresários do entretenimento que impingem “Máquinas da Felicidade” a presidentes da câmara que só respondem a “perguntas previamente colocadas por escrito”. Mas de canção em canção, de refrão em refrão, o Teatro da Palmilha Dentada distancia-se do Porto e põe o dedo na ferida de muitas outras cidades – a indiferença. Uma tragicomédia cantada? Digamos que aqui o riso, quando morde, morde-nos a todos. O desencanto também."
Eu, vim para esta cidade há mais de um ano e para já, não quero partir... para já!
Na quarta dia 11, rumei ao Coliseu do Porto. Levantei os 2 "supostos" convites do Montepio, adquiridos pela ticketline e aguardei a descida majestosa da figura de 1,92m pela Passos Manuel, envolta num cachecol e receosa do vírus propagado naquela sala cheia de gente. Após alguns minutos iniciais de dúvida quanto à distância da fila 19 em relação ao palco, rendeu-se à evidência, embora não muito satisfeito com a ilusão de óptica demonstrada no site.
Depois de muito remexer na cadeira e algumas risadinhas, cujo ponto alto para mim foram as piadas sobre a Nereida, não me restaram dúvidas que era esperado mais do texto, não obstante a qualidade dos actores em causa.
Não deixou, no entanto de ser uma noite bem passada, embora me preocupe um pouco, o ponto de focagem contrário da minha companhia...
Dia 12, fui visitar "A Cidade dos que partem" onde a primeira grande dúvida foi saber onde ficava o tão citado L4... a dúvida permaneceu, mas o espectáculo sobrepôs-se.
Depois, desfrutei dos excelentes momentos com que o Teatro da Palmilha Dentada premiou a plateia, num "musical que é e não é bem um musical, construído que foi a partir de memórias aparentemente tão desencontradas: das raízes rurais (o canto à desgarrada de tradições populares como o Enterro do Bacalhau ou a Queima do Judas) às paixões urbanas (o teatro musical, a britcom, o musical americano via Hollywood). É certo que esta Cidade está envolta num nevoeiro tão espesso que favorece mais a gestão corrente do que uma visão de futuro, que por lá andam empresários do entretenimento que impingem “Máquinas da Felicidade” a presidentes da câmara que só respondem a “perguntas previamente colocadas por escrito”. Mas de canção em canção, de refrão em refrão, o Teatro da Palmilha Dentada distancia-se do Porto e põe o dedo na ferida de muitas outras cidades – a indiferença. Uma tragicomédia cantada? Digamos que aqui o riso, quando morde, morde-nos a todos. O desencanto também."
Eu, vim para esta cidade há mais de um ano e para já, não quero partir... para já!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
A Troca ou Changeling
Fonte
Esta história mexeu comigo, sobretudo por ser baseada em factos reais.
A luta de uma mulher em busca do seu filho até às últimas consequências, a dor, a frieza, a crueldade, a corrupção, mas sobretudo o que ficou para mim, foi a Esperança.
Because while there's life there's hope!
A luta de uma mulher em busca do seu filho até às últimas consequências, a dor, a frieza, a crueldade, a corrupção, mas sobretudo o que ficou para mim, foi a Esperança.
Because while there's life there's hope!
sábado, 7 de fevereiro de 2009
O Café de Fassbinder
"O vício é um dos temas mais fortes, e está tão patente na voragem do jogo como no consumo de droga. O café é aqui uma droga – ou a droga. A viciação atinge e corrompe as próprias relações. Elas estão viciadas, ou são, de alguma forma, viciantes. Diz-se por vezes que há uma “química” entre pessoas. Aqui há um químico, uma substância que gera uma dependência nos relacionamentos e impede que as personagens se libertem. O que coíbe, por exemplo, Vittoria de se libertar de um marido incorrigível? Ou o que faz Plácida correr atrás de um traste como Leander? Há uma outra coisa que me parece importante assinalar: a sobrevivência pós-perda total. Eugénio e Vittoria sobrevivem à perda de tudo, incluindo a perda dos brincos, que são descritos como “o que resta da nossa felicidade”. Todas estas criaturas são, à sua maneira, sobreviventes. Sobrevivem à falência afectiva, à falência das relações e do que socialmente as sustenta, à falência de todos os valores, pulverizados pelo vício e pelo jogo. Mesmo os que ganham – como Leander, que ganha apenas ilusoriamente – estão em falência absoluta. É uma liquidação total. O capitalismo aqui instaurado não serve para criar uma “sociedade feliz”, uma sociedade em que se evolui para um bem-estar comum ou para o bem-estar de quem quer que seja. Apenas produz sobreviventes."
Nuno M Cardoso
É muito bom poder juntar os amigos, jantar e rir dos "vícios" alheios.
Apesar da realidade crua do vício, existem pessoas que conseguem ser felizes, embora existam outras, que nem com o passar dos anos conseguem conviver com a felicidade alheia...
Temos pena!! :-)
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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