sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Não há quarta, sem quinta...

Coliseu Porto e TECA

Esta foi uma semana ocupada e apesar do estado "clínico" não ser o mais favorável, deu para aproveitar a dupla sessão de comédia.
Na quarta dia 11, rumei ao Coliseu do Porto. Levantei os 2 "supostos" convites do Montepio, adquiridos pela ticketline e aguardei a descida majestosa da figura de 1,92m pela Passos Manuel, envolta num cachecol e receosa do vírus propagado naquela sala cheia de gente. Após alguns minutos iniciais de dúvida quanto à distância da fila 19 em relação ao palco, rendeu-se à evidência, embora não muito satisfeito com a ilusão de óptica demonstrada no site.
Depois de muito remexer na cadeira e algumas risadinhas, cujo ponto alto para mim foram as piadas sobre a Nereida, não me restaram dúvidas que era esperado mais do texto, não obstante a qualidade dos actores em causa.
Não deixou, no entanto de ser uma noite bem passada, embora me preocupe um pouco, o ponto de focagem contrário da minha companhia...
Dia 12, fui visitar "A Cidade dos que partem" onde a primeira grande dúvida foi saber onde ficava o tão citado L4... a dúvida permaneceu, mas o espectáculo sobrepôs-se.
Depois, desfrutei dos excelentes momentos com que o Teatro da Palmilha Dentada premiou a plateia, num "musical que é e não é bem um musical, construído que foi a partir de memórias aparentemente tão desencontradas: das raízes rurais (o canto à desgarrada de tradições populares como o Enterro do Bacalhau ou a Queima do Judas) às paixões urbanas (o teatro musical, a britcom, o musical americano via Hollywood). É certo que esta Cidade está envolta num nevoeiro tão espesso que favorece mais a gestão corrente do que uma visão de futuro, que por lá andam empresários do entretenimento que impingem “Máquinas da Felicidade” a presidentes da câmara que só respondem a “perguntas previamente colocadas por escrito”. Mas de canção em canção, de refrão em refrão, o Teatro da Palmilha Dentada distancia-se do Porto e põe o dedo na ferida de muitas outras cidades – a indiferença. Uma tragicomédia cantada? Digamos que aqui o riso, quando morde, morde-nos a todos. O desencanto também."
Eu, vim para esta cidade há mais de um ano e para já, não quero partir... para já!

Sem comentários: