Devo confessar que os filmes indianos exercem em mim um fascínio inexplicável. Até quando a pobreza se sente no limite e os cheiros nauseabundos quase que atravessam a tela, eu continuo inebriada pelas cores, pela paisagem e pela simplicidade, e muitas vezes mais profunda humanidade, das pessoas.
Em 2006 assisti ao primeiro filme indiano (que me recordo), no Lisbon Village Festival. Lembro-me de arrastar o A. para a sala de cinema no Vasco da Gama, para assistirmos ao Milk & Opium. Se estavam 13 pessoas na sala, era muito. Na altura era principiante em festivais de cinema e achei estranhíssimo um festival que tinha cartazes espalhados pela cidade, ter tão poucas pessoas na sala, afinal estávamos na capital. Nunca assisti a nada assim no Porto. Aqui faz-se fila para se conseguir bilhetes para as sessões do dia seguinte do Fantasporto e perde-se a paciência com as sessões esgotadas das Quintas de Leitura, mesmo antes de serem anunciadas...
Enfim, pormenores à parte, eu e o A. fomos assistir ao Milk & Opium de Joel Palombo, que contava a história de Swaroop, um rapaz de 14 anos que sai da sua aldeia deserta na Índia à procura do seu tio Nizam e do seu grupo de músicos. Nizam e o seu grupo fumavam regularmente ópio e tentavam enganar as pessoas com as suas crenças religiosas. Na cidade Swaroop conhece Santosh e juntos descobrem um mundo totalmente desconhecido para eles, cheio de centros comerciais e multinacionais. Milk & Opium apresenta o contraste da Índia tradicional de Swaroop e a Índia industrializada, em que a música sufi e a voz de Swaroop sobressaíam...
Neste filme não existiam actores, cada um representava o seu próprio papel na vida real, dando um realismo espantoso e que me apaixonou. Foi este filme que me fez voltar ao Festival no ano seguinte. Eu e A., ainda hoje falamos nesse filme!
Este sábado, e já inserida no ambiente Fantas assisti a Vanaja, um filme de Rajnesh Domalpalli, que conta a história da adolescente que se vê obrigada a sustentar o pai, um pescador alcoólico. Quando consegue emprego na casa da senhora mais rica da cidade, Vanaja fica radiante. Lá aprende a cantar e a dançar Kuchipudi, mas com a chegada do filho da senhoria, também aprende a ser adulta. Violada e grávida, Vanaja aprende a lidar com as adversidades e não desiste de perseguir o seu sonho de continuar a dançar.
As cores do filme, os momentos divertidos garantiram a minha continuada admiração pelos filmes Indianos.
Em 2006 assisti ao primeiro filme indiano (que me recordo), no Lisbon Village Festival. Lembro-me de arrastar o A. para a sala de cinema no Vasco da Gama, para assistirmos ao Milk & Opium. Se estavam 13 pessoas na sala, era muito. Na altura era principiante em festivais de cinema e achei estranhíssimo um festival que tinha cartazes espalhados pela cidade, ter tão poucas pessoas na sala, afinal estávamos na capital. Nunca assisti a nada assim no Porto. Aqui faz-se fila para se conseguir bilhetes para as sessões do dia seguinte do Fantasporto e perde-se a paciência com as sessões esgotadas das Quintas de Leitura, mesmo antes de serem anunciadas...
Enfim, pormenores à parte, eu e o A. fomos assistir ao Milk & Opium de Joel Palombo, que contava a história de Swaroop, um rapaz de 14 anos que sai da sua aldeia deserta na Índia à procura do seu tio Nizam e do seu grupo de músicos. Nizam e o seu grupo fumavam regularmente ópio e tentavam enganar as pessoas com as suas crenças religiosas. Na cidade Swaroop conhece Santosh e juntos descobrem um mundo totalmente desconhecido para eles, cheio de centros comerciais e multinacionais. Milk & Opium apresenta o contraste da Índia tradicional de Swaroop e a Índia industrializada, em que a música sufi e a voz de Swaroop sobressaíam...
Neste filme não existiam actores, cada um representava o seu próprio papel na vida real, dando um realismo espantoso e que me apaixonou. Foi este filme que me fez voltar ao Festival no ano seguinte. Eu e A., ainda hoje falamos nesse filme!
Este sábado, e já inserida no ambiente Fantas assisti a Vanaja, um filme de Rajnesh Domalpalli, que conta a história da adolescente que se vê obrigada a sustentar o pai, um pescador alcoólico. Quando consegue emprego na casa da senhora mais rica da cidade, Vanaja fica radiante. Lá aprende a cantar e a dançar Kuchipudi, mas com a chegada do filho da senhoria, também aprende a ser adulta. Violada e grávida, Vanaja aprende a lidar com as adversidades e não desiste de perseguir o seu sonho de continuar a dançar.
As cores do filme, os momentos divertidos garantiram a minha continuada admiração pelos filmes Indianos.
Sem comentários:
Enviar um comentário