segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sem tempo...

Tenho alturas, em que escrevo muito e depois podem passar meses em que nem sequer penso nisso...
Costumava dizer que só escrevia quando estava triste, a determinada altura e quando decidi abandonar de vez o "mal dos meus pecados", continuei a querer escrever pelo simples facto de me sentir feliz, por isso escrever é uma paixão, sempre que o tempo e o silêncio da minha sala apelam à minha vontade.
No final de Abril pude ver Alicia Keys (que gostei bastante), e "Agora a Sério" uma peça sobre relações. Nessa ida a Lisboa ainda tive oportunidade de perceber que nem tudo é eterno e que por vezes com 2 frases podemos desmoronar um castelo, que julgava eu, bem alicerçado, mas era feito de areia. Não esqueço a amargura de perceber que 13 anos foram soprados ao vento pela arrogância e orgulho de alguém que não admite perder a razão e ter-se enganado nos julgamentos. Quanto a mim, consciência tranquila, não era tarefa minha repôr a verdade, mas fico leve por perceber que com a verdade descobri a fragilidade de tudo.
Este mês, embora os papéis me dessem como "desocupada" eu tive tudo menos tempo para pensar, parar parar e escrever. Um mês com muitos progressos, de Romeu e Julieta, com uma escapadela a Lisboa para ir ao Rock in Rio ver Mariza, Ivete, John Mayer e Shakira (além de outros encontros simpáticos pelo recinto com o meu "anjo"), para aproveitar a piscina do Vip Grand Hotel que adorei, para comer sushi com amigos e ver o fantástico Santana, com quem vibrei bastante, especialmente ao som de Oye como va, que partilhei em pensamento e mensagem com o meu doce B. (...a nossa música). Ainda por lá, veio a boa nova e a mudança radical...
Amanhã... amanhã começo uma nova rotina que me deixa muito feliz!
O poder está sempre em acreditarmos e em manter sempre o espírito positivo.
Volto aqui, depois de ter assistido a "in vino veritas",  porque estou feliz e sóbria :-) com vontade de ser mais constante na escrita!

domingo, 30 de maio de 2010

In vino veritas








E para mim, o FITEI começa aqui. Domingo a noite e muito antes da hora, vamos as 3 meninas para o Mosteiro. Aguardamos uma experiência única... entrar numa história que nos dê a libertação, a mim que me liberte do tempo que parece não me chegar para tudo nos últimos meses.
Sem paixões é sempre preciso encontrar algo que nos ocupe o pensamento, mas para mim nem é preciso um esforço... haja ocupação em dose um pouco menor!
Alicia Soto criou na peça in vino veritas "uma viagem plena de emoções e de estímulos diferentes, transportando-nos ao mundo dos sonhos, da fantasia e da ilusão, jogando com metáforas visuais e a constante sedução do movimento e da música que, tal como acontece desde os tempos ancestrais com a cultura do vinho, navega do sentimento clássico à expressão mais contemporânea num sugestivo cocktail de dança, acções teatrais e feitos especiais que impregnam o espectáculos de magia e poesia."
Começamos por ser servidas na entrada, pelas 3 musas que nos trazem copos e vinho para entrarmos na história em sintonia com o tema.
"O movimento cénico dos 4 personagens de Alicia Soto encerra o passado, as vivências, as visões e o futuro desta viagem vinícola. As diferentes coreografias vão exprimindo emoções íntimas e universais da condição humana, como a solidão, a esperança, a evasão, o entusiasmo, a alegria, o nojo, a violência, a luxúria, a ternura, bem como sentimentos eternos e de certa forma utópicos, como a busca da liberdade individual."
E nós entramos na história sem saber muito bem se saímos dela até voltarmos a acordar no dia seguinte. 

terça-feira, 4 de maio de 2010

Um grito de amor desde o centro do mundo

Corações de Joana Vasconcelos no CCB*
"Quem me dera que o sonho fosse realidade e que a realidade fosse um sonho! Mas é impossível. Por isso, quando acordo, estou sempre a chorar. Não é por estar triste, é porque quando regresso à realidade, saído de um sonho feliz, deparo com uma fenda que não consigo transpor sem verter lágrimas. E, por mais vezes que me aconteça, reajo sempre assim."
Excerto retirado do livro "Um grito de amor desde o centro do mundo" de Kyoichi Katayama

Estes corações com o fado como som de fundo representam a nostalgia do excerto acima.
* Corações
 – Vermelho, do fado, do amor, dos sentimentos; O Dourado, que representa o ouro e a tradição portuguesa e o Preto, que simboliza a morte, a dor e o sofrimento”