sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

The rain goes on....




Por estes dias, a música só pode ser esta...
Porque a chuva não para...
Blame it on the weatherman!

As medidas do amor

Fonte (Thanks to M.S.)

Aos 15 anos apaixonei-me por aquele rapaz que todos os dias à hora do almoço se sentava no banco de jardim, sozinho, à espera da hora de ligar aos pais que estavam a muitos Kms de distância.
Um dia ele abraçou-me e disse-me para não ter medo... e eu não tive.
Enchi a maior colher de todas e dei-lhe o amor que tinha. Naquela idade tinha a sensação que nunca mais ia conseguir sentir aquele misto de amor, paixão, descoberta... tinha uma novidade a cada dia. Não me cansavam todas as tardes de abraços, histórias, carinho... as escadas da memória. Aquela "poção" na colher teve o seu intenso efeito durante 5 anos... depois deixou um rasto de carinho, amizade e história que não se pode nem se quer apagar.
Aos 20 encontrei um olhar perdido no meio da multidão. Deixei que esse olhar se prolongasse pelas palavras e que me viesse encontrar em estado febril, com promessas de me curar uma gripe à base de palavras e companhia... Deixei-o ficar e enchi a segunda maior colher.
Apaixonei-me pela sua forma delicada de ser, pela atenção, pelas palavras e pelo carinho. Fiz as surpresas que antes não tinha podido fazer, ri muito, fui amiga, companheira... mas não bastou. Passados 5 anos, já desconfiava que encher muito a colher não deixava o espaço suficiente para outras coisas, quanto mais não seja, porque me afastava muito da colher que a outra pessoa usava naquela altura... eram duas medidas muito diferentes.
Sem pensar muito e no meio de sorrisos e curiosidades da adolescência estava pronta para encher a terceira colher... quando de repente me apercebi:

-Não!! Esta ainda não é a medida certa!

Sorri e continuei... preenchi a minha vida com sorrisos, tranquilidade, sonhos, alegria, bons momentos e tive a certeza que quando encher a colher mais pequena, vai ser a dose certa, porque tenho de deixar espaço para a colher da amizade, do companheirismo, da lealdade, da confiança, do carinho, da paixão, do equilíbrio... são todas estas colheres que irão dar a "poção mágica" que se chama AMOR (com letra grandes) e colocar pelo menos umas reticências indefinidas...
Até ver! :-)


terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A miopia vem do nome...


No início do ano, li no blog
Há Vida em Markl um texto intitulado, "Sobre Nomes", que fala da difícil tarefa de dar o nome a um filho... a única coisa que ele sabe, é que não se vai chamar Frederico.
Aqui vai um excerto do mesmo:

"Fico contente por saber que poderei chamar ao meu filho, sem que o Estado proteste, nomes como Abdénago, Baguandas, Baqui, Bruce, Dóriclo, Gamaliel, Gustavo São Romão (sim, estes três últimos a formar um único nome próprio - como em Gustavo São Romão Galvão Markl), Kó-Ló (sim, juro; na lista do Ministério da Justiça prevê-se a possibilidade de alguém chamar Kó-Ló a um filho), Manassés, Mimon, Mis, Odin, Principiano, Quéli, Ringo, Sadraque, Susano, Xenócrates, Zardilaque (este estou a considerar, pois pode assegurar-lhe uma carreira como Senhor do Mal).
...
A prioridade é arranjar um nome para o puto o menos passível dele levar bordoada na escola. Nada de Fredericos, portanto, que eu bem sei aquilo por que passava, sobretudo a partir do momento em que comecei a usar óculos. O
combo Frederico-óculos é bem lixado. Eu acho que fiquei míope por me chamar Frederico. Uma pessoa chama Frederico a um filho e é certinho que, cedo, ele começará a ter problemas de vista."

Depois desta explicação e dos nomes supra-citados no 1.º parágrafo do excerto, considero que ninguém me poderá negar o direito de dar
um certo nome à minha filha...

P.S. - Não resisti...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Asas da liberdade

Engel - Frankfurt, Novembro 2008

Hoje é tudo muito diferente, mas:
Texto de 9 Outubro 2005
Os humanos com sua única asa precisarão sempre dar as mãos a alguém a fim de terem as suas duas asas. Cada um deles tem na verdade um par de asas....uma outra asa em algum lugar do mundo que completa o par. Assim eles aprenderão a respeitar-se, pois ao quebrar a única asa de outra pessoa podem estar a acabar com a sua própria oportunidade de voar. Assim meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa... Aprenderão que somente permitindo-se amar eles poderão voar. Tocando a mão de outra pessoa num abraço correcto e afectuoso eles poderão encontrar a asa que lhes falta e poderão finalmente voar. Somente através do amor irão chegar até onde estou...assim como tu meu anjo. E eles nunca, nunca estarão sozinhos quando forem voar."
Este texto ilustra bem o porquê da minha incapacidade de voar. Quero ser livre, mas só me sinto livre quando amo e sou amada, quando consigo colher os sorrisos que a presença de alguém plantou na minha vida, quando consigo sentir o meu coração bater forte na ânsia de estar com a pessoa que me trouxe alegrias e que me conseguiu fazer sentir um sentimento puro e belo.

Sinto que fui transformada pelas circunstâncias da vida e que a cada dia me afasto mais dos sorrisos e me escondo na tristeza de estar só e de amar alguém sem poder mostrar.
Queria poder decidir quais são os momentos certos para falar, queria ter a certeza que tentar esquecer é o melhor caminho e que tudo aquilo que pensei ver, não passaram de meras ilusões de um coração apaixonado.
Dentro de mim o choro faz eco num enorme vazio que sinto, foi como se tivessem levado o meu coração e a alegria que tinha.
Passamos a vida a lutar por algo, o esforço é um dos requisitos para se ser Adulto, temos de aprender que as quedas que damos não significam que devemos desistir, mas que nos devemos esforçar mais e lutar, lutar, lutar…

(...)

Deixaste-me só e mais uma vez com a sensação de que só consigo afastar as pessoas que amo… e agora não quero voltar a amar para não ter de voltar a sofrer. Não mais deixarei que um olhar no meio da multidão se transforme em promessas perdidas no tempo, para que não mais deixe de ter um sorriso sincero e sem razões do amor, porque a sorrir vou conquistar as coisas que quero.

Juro a mim mesma que vou tentar lutar para te esquecer e que vou tentar ser alguém que vai saber viver e saber sorrir mesmo que seja só…
Encontrarei as asas da minha liberdade…

E serei feliz até com um pouco, quando muito não é o bastante!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Instantes...


Há dias em que me escapam pormenores...
Há dias em que falam comigo e só uns instantes depois é que me apercebo... tarde demais para ter percebido o que quer que seja!
Mas há dias também em que todos os pormenores contam e em que as palavras por mais inofensivas que sejam... ferem como lanças!
Há dias...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Jardins da vida

Palmengarten - Frankfurt, Novembro 2008

Escrito a 1 Outubro 2005

Parei na incerteza do instante em que tentei parecer forte e apercebi-me dos inúmeros momentos de farsa que preenchem algumas vidas, inclusive a minha. Sinto-me ridícula por vezes, quando julgo que posso controlar os meus sentimentos, quando penso que consigo parecer livre, quando imagino que as minhas palavras e atitudes podem transformar aquilo que sinto.
O “veneno” da acomodação apoderou-se de mim e sinto que já não posso ter mais do que tenho e o que tenho simplesmente não me preenche. Toda a "riqueza" que provém daqueles que me amam e que por instantes parece encher-me a alma, esvazia-se no momento em que me deixo usar por sentimentos que digo guardados, por sentimentos que digo controlar e a glória deixa-se cair, porque dali não se levanta. Por atitudes “impensadas” e irracionais, há vidas que entram no ciclo vicioso da tolerância.
Diz-se que o amor tolera tudo, mas não é verdade. A traição, o desrespeito, o uso, mesmo que impensado por parte de outrem, faz florescer no amor, ervas daninhas que acabam por esconder as flores antes plantadas. Talvez porque nos dizem para não regar ervas daninhas, deixamos que com elas, sequem também os jardins de rosas, orquídeas ou outra qualquer flor que perfumasse e embelezasse o sentimento.

Muitas vezes, por medo da mudança, não nos apercebemos disso e sem saber sentimo-nos vazios. Eu sinto-me assim... deixo morrer as flores que me alegravam os dias e sempre que me permito plantar uma nova flor, faço-o sempre sem a proteger de novas ervas daninhas... deixo-me usar e acho sempre que tenho tudo sob controlo.
Queria mesmo ter feito tudo da forma correcta, queria ter valorizado o meu jardim e queria ter banido todas as ervas daninhas do meu coração, mas ainda não consegui.
Habituei-me a esperar e a sofrer, habituei-me a aceitar que estar com uma pessoa, mesmo por amor, não implica que tenhamos um relacionamento com ela, habituei-me a deixar quem amo, ir sem dizer a última palavra... mas agora, BASTA. Tenho de acabar com esta insegurança e frustração. E aqui estou, à espera do NADA, que se transforma na vida que me permiti ter. Permiti-me acreditar que um dia esse alguém ia olhar para mim de outra forma e esperei até a esperança esmorecer e a Razão vir ao de cima. “Qual o homem que abandona o prazer e compreensão gratuitos? Qual o homem que ao saber-se livre para ir e voltar não o faria?”
Parei, caí de joelhos na terra e chorei... chorei por ter feito isto a mim mesma, chorei e pedi força para conseguir mudar, para conseguir esquecer os pensamentos que me assolam a mente e para seguir em frente com a cabeça erguida, porque afinal o que fiz eu?

....AMEI Incondicionalmente.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Size matters

Fonte (Thanks to M.S.)

Às vezes perco-me sozinha a pensar naquelas noites em que passávamos horas ao telefone a contar os nossos dias, os nossos desejos, a rir dos absurdos que pelo avançar da hora íamos dizendo e aquele finalzinho em que nos despedíamos com a voz já por um fio, apenas presa pela saudade que nos fazia voltar a ligar de novo no dia seguinte para terminar dizendo, "Dorme muito bem, meu anjo!".
Lembro-me das viagens que fazia só para ver o teu sorriso, lembro-me das tuas visitas "clandestinas", do calor do teu abraço e do gosto dos teus beijos, lembro-me de acordar com o sol a entrar pelo quarto, ver o mar e sair feliz para mais um dia de trabalho. Lembro-me dos livros e CDs que serviam como pretexto para mais uma visita ou apenas aquela desculpa "Ia a passar e lembrei-me de te vir dar um beijo!".
Lembro-me das músicas, das surpresas deixadas nas escadas, dos concertos, dos filmes e daquele salmão que nunca provei.
Lembro-me dos dias de chuva em que nos passeávamos debaixo do meu guarda-chuva como se fôssemos apenas 1...
Gosto de me lembrar, que assim como o meu guarda-chuva era pequeno para nós os 2, os meus sonhos eram tão grandes, que te tornaste demasiado pequeno para permaneceres neles!
Contudo, lembro-me...

domingo, 11 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O bem que veio do mal...

Chaplin in Pictures, LVF - Outubro 2008

Cada pessoa que passa na nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa pela nossa vida passa sozinha, não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.

E por esta altura, eu achava que tinha perdido...
Mas hoje sou mais completa... mais FELIZ!!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Quem será?

Lembro-me de ti com aquele sorriso de orelha a orelha, sempre pronto a "disparar" em qualquer direcção.
Fosse para amigo, inimigo ou para aquele que ainda nem tinha notado a sua presença, o "Mr. Wonderful just in Wonderland" não alterava a expressão.
Tinhas um sorriso que era sinónimo de simpatia, por vezes genuína, mas muitas outras vezes ilusória, fictícia... afinal vivias apenas no mundo da fantasia... afinal eras simplesmente o Cheshire Cat de Alice in Wonderland.