Apesar da atribulação e falta de tempo, consegui reunir 10 pessoas para assistir à estreia de Emília Galotti, melhor dizendo 9, além de mim!
Gostei muito da peça e senti que já estou na fase de voltar a apreciar isto realmente...
Aqui fica o"doce".
"Do mesmo modo, e apesar das explicações apresentadas, não podemos evitar questionar o valor de um suicídio virtual ou homicídio invocado em prol da preservação da virgindade.
(...)
Para além das cegueiras e da própria obscuridade dos comportamentos das suas personagens, esse movimento faz reinar uma impiedosa lucidez. No fim de contas, todos jogam às claras.
A razão ensina‑nos que várias podem ser as vias seguidas pelo destino mas que o
fim é apenas um e nada interessa o ponto de partida daquilo que é inevitável.
A mesma razão te aconselhará a morrer, se possível, do modo que te agradar, se não, do modo que for viável, isto é, a aproveitar a forma de suicídio que as circunstâncias te depararem. Se é imoral viver impetuosamente, morrer num ímpeto, pelo contrário, é admirável!"