sexta-feira, 17 de julho de 2009

Marés Vivas - Parte 1


Lamb-Gabriel

Primeiro dia no Marés Vivas e uma viagem muito agradável até ao recinto, pela paisagem que nos rodeava.
Neste primeiro dia, os ingleses Lamb fizeram-me esquecer o trabalho e o cansaço e ir até ao Cabedelo. De notar que me alonguei na hora e por estranho que isso seja por estas bandas, o concerto começou a horas (22h). Não deixo de apreciar a pontualidade que me fez entrar no recinto no exacto instante em que começavam a tocar a música Gabriel, a minha favorita. Lindo ouvi-la ali... senti-me tão perto de Gabriel, senti-lhe a respiração, o toque, vi-lhe o sorriso e dancei...
Um bom concerto de dar arrepios em algumas músicas. Escusadas eram as substâncias que se fumam no recinto que não se adequam em nada a certo tipo de concertos e que me levou a várias mudanças estratégicas.
O recinto está cheio de diversões e a vista é fantástica, mal posso esperar por sábado.
No final lá tive de trocar o bilhete pela pulseira. A fila era grande mas andou rapidamente... até que me colocaram uma pulseira azul eléctrico, pouco estética e como se não bastasse, larga... tão larga que não me conseguiria abstrair da sua presença no dia-a-dia. Achei que por isso me deviam trocar, mas a menina que pelos vistos coordenava aquele sector não tinha a mesma opinião e acrescentou que só trocava fitas apertadas por uma questão de saúde e que as fitas eram escassas. (Escassas sim... até me dá para rir e ainda estou a imaginá-las novinhas no final do festival a servir de tapete)
Ora muito bem, não condeno, mas para isso deixavam que as pessoas colocassem a pulseira ao tamanho que desejam. Ficava ao meu critério se ficava com a pulseira ou a dava, afinal se paguei bilhete, é porque quero ir. Continuei insatisfeita com aquilo até que prontamente outra menina veio perguntar se precisava de ajuda... a coordenadora nem me deixou responder e peremptoriamente disse "Não troques!".
Dada a pronta e antipática reacção comecei a sentir que ia ter de engolir um sapo... mas eis que me ocorreu que de tão larga a pulseira devia sair-me da mão... E não é que mesmo sem sabão ela saiu!? Voltei então para trás e dirigi-me à coordenadora mostrando a pulseira na minha mão e de forma a ser posta em qualquer pessoa.
Só lhe disse :
- Era isto que queria?! Ainda bem, assim posso trocar a pulseira com outra pessoa!!

A reacção dela foi pronta ao dirigir-se para pegar noutra pulseira, ao que eu, também peremptória respondi:
- Não, não, deixe estar! Elas são escassas!! Vim só demonstrar-lhe o que causa a sua extrema simpatia!

E vim embora sem ter de engolir em seco a antipatia de pessoas que decidem ser arrogantes quando não têm razão para isso.

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