sábado, 9 de maio de 2009

Menina Júlia

"Sim, eu sou um homem e choro. Um homem não tem olhos ? Não tem também mãos, sentidos, inclinações, paixões ? Porque é que um homem não devia chorar?"
August Strindberg

Froken Julie | Menina Júlia
de August Strinberg

"Considerada a obra-prima de August Strindberg, "A Menina Júlia..." relata-nos a atracção e o choque entre uma jovem aristocrata, filha de um conde, e o criado de seu pai.
A acção desenrola-se na cozinha da casa senhorial, na noite de S. João. Júlia seduz Jean... Quando percebe a situação em que se coloca resolve fugir com Jean e, para conseguir dinheiro para a viagem, assalta o escritório do pai. Já de manhã, o conde regressa a casa e Júlia, aterrorizada com o que o futuro lhe reserva e induzida por Jean, resolve suicidar-se. Cristina, a cozinheira e noiva de Jean, assiste ao nascimento desta relação sempre com o olhar resignado de quem sabe pertencer a uma classe menos favorecida. Strindberg faz com que estas três personagens se movam tendo sempre como pano de fundo a guerra dos sexos e a luta de classes. Um texto altamente político sob a capa de uma intriga aparentemente romântica."

A minha estreia no TNDMII, foi marcada por uma Menina Júlia (Beatriz Batarda) a roçar várias vezes a esquizofrenia, um João (Albano Jerónimo) com garra de quem sabe o que quer e onde quer chegar e uma criada de nome Cristina (Isabel Abreu) consciente que o pouco que tem, lhe escapa aos olhos de todos aqueles que cantam e bebem na noite de S. João!
Gostei! Aliás, acho que posso dizer, gostamos!

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