quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rokia Traoré


Fonte

Descobri este nome ao folhear a revista "
Time Out". Fui ao Youtube e pela sonoridade decidi que queria ir vê-la! Já há uns anos tive uma agradável surpresa no Concerto de Putumayo presenting Acoustic Africa na Casa da Música (dos melhores concertos que já vi).
Superei o "
trauma" que tinha das cadeiras da sala 2 da Casa da Música e de facto é caso para dizer que não há cadeiras que causem desconforto ao ouvir Rokia Traoré. Além dos excelentes músicos; do "N´Goni"(guitarra maliana); da dança que lhes está no sangue; a energia que encheu aquela sal e a voz que tem o poder de arrepiar, a cantora do Mali que ganhou recentemente o prémio de melhor artista de World Music, é uma pessoa humilde e sonhadora, alguém que fala do sonho que tem para África, que luta e lutará por isso e alguém que dá valor à sua audiência. Uma simpatia que me tocou!
As músicas em
bambara (Bamanankan) como “Tounka” que fala da imigração ilegal, “Dounia” que conta a história do Mali ou “Yorodjan” que celebra as festas que se faziam no Mali, transportam África àquela sala... e como é boa e alegre aquela intensidade (impossível de se perceber ao ouvir um CD).
No final a cantora reforçou a ideia de se esquecerem as cadeiras (algo que muitos, inclusive eu, já tinham feito) e foi bonito ver toda a gente de pé a dançar, a celebrar a alegria de existirem artistas tão bons.

This womam is a LADY!!!

Fonte da foto

P.S. - Obrigada Dr. P.C., a Dra. adorou o espectáculo!! :-)

domingo, 24 de maio de 2009

As pausas

CCB
Há dias em que tudo parece um emaranhado, em que as ideias se confundem, em que nos rondam as nuvens negras de algo que nos desagrada. Tive todo o meu dia absorta nesse novelo e de repente, mesmo no meio de caos, consigo ver a luz verde ao fundo do túnel.
A luz que me fez sorrir... o mimo de uma pausa para lanchar com um anjo que me trouxe pão fresco e me fez relaxar com os seus mimos e depois quando finalmente decidi terminar com aquele trabalho sem fim, surge um P.S.
que me fez esquecer todas as nuvens negras... um jantar que me fez bem à alma. Obrigada!
Temos de acreditar que há sempre uma luz a
o fundo do túnel... e saber apreciar o momento em que emergimos!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Prêt-à-Porter

Sexta-feira...estou com um pé no fim de semana e numa experiência nova: teatro ao fim da tarde!
Como gosto destes momentos!!!
Hoje somos 5, porque o horário não é favorável para quem trabalha mais longe (H. da próxima sei que não faltas).
Saímos num trio do trabalho e seguimos em busca do "lanche ou jantar perdido"!
-Mas é rápido, não é? Estamos com pressa! - tenho de ser assertiva senão a sande de leitão só sai quando matarem o porco!
Riem-se os meus 2 companheiros, para mim...

Lá seguimos, levantamos os bilhetes, juntaram-se mais 2 meninas e quando finalmente nos sentamos, todos ouvimos atentamente a explicação de um actor acerca da
Colectânea 2 de Prêt-à-Porter, que está em cena há cerca de 10 anos em S. Paulo, sendo que nesta colectânea, Antunes Filho, reúne os melhores momentos das anteriores.
3 casos, 3 histórias que poderiam estar a acontecer naquele preciso momento em qualquer parte do mundo:

Estrela da Manhã
interpretada por Emerson Danesi e Kaio Pezzutti, conta a história de um transexual no consultório de um cirurgião plástico. A conversa entre os 2 antevê a operação para a colocação de implantes mamários, mas segue muito além daquilo que aparentemente se vê...Segue pelos sonhos perdidos, as noites mal dormidas, as estrelas que não brilharam naquele noite que antecede um dia tão importante e os sentimentos escondidos pela lua... que no final se desvendam!

Bibelô de Estrada
interpretação de Emerson Danesi e Marília Simões.
Um fugitivo num quarto com uma jovem prostituta a quem promete concretizar os sonhos. As músicas da Madonna, o riso fácil, os chupa-chupas, o cheiro a perfume misturado e uma sensação de vazio quando por detrás de todas as máscaras se descobre o próprio eu de que fugimos sempre...e a frase (a memória da M.S.):
"Meus pais me diziam sempre: problemas do passado que não conseguiu resolver e não tem solução, ficam no passado... lá atrás. Senão viram fantasmas!" (verdade sim...)

Poente do Sol Nascente
interpretação Emerson Danesi, Susan Damasceno.
Uma acompanhante num apartamento de encontros furtivos com o seu cliente. Uma dança desconcertada, um silêncio constrangedor, uma conversa casual "Já disse que moro na pensão, né?!", um homem que não vive, mas sobrevive com o lema da "happy family!" e "Tenho de ser o melhor em tudo: o melhor homem, o melhor profissional, o que tem o melhor carro, a melhor casa...", um homem que não sente e que encontra naquela mulher de "ocasião" uma forma de se libertar.

Fiquei sem palavras de tão bom que foi! Aos que me acompanharam, é sempre bom estarmos juntos! A eles... voltem sempre!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

P.S. - Linhas

Peter Kogler - CCB, Maio 2009

Alguns vêem apenas umas linhas, outros vêem reflexos, outros viajam para lá da ideia e criam milhares de variações... no fundo a arte é subjectiva e liberta-nos!
Eu vejo linhas... e vejo-me a mim, ligada a tantas outras linhas que se cruzam, as pessoas que existem na minha vida...
Recordo aquelas que se cruzaram comigo, mas que agora não passam de rastros quase apagados da memória (da minha); recordo outras que por muito que pareçam afastadas, por vezes surgem e marcam com um traço forte (que eu quero, deixo ou preciso); e sinto-me muito feliz, com aquelas que o acaso, a escrita, os sorrisos perdidos (ou achados), a partilha, fazem com que inesperadamente mudem o meu traço rectilíneo por outro aos ziguezagues...
P.S. um beijo especial (a ti)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sorrisómetro

Li hoje esta notícia que me relembrou este post!
Não consigo evitar o sorriso... espero não ser multada!!
"Uma empresa ferroviária japonesa está a usar um «sorrisómetro» para medir os sorrisos dos seus funcionários quando estão a atender os clientes, diz o 20 minutos.
Trata-se de uma webcam digital que vai recolhendo imagens quando passa um determinado período de tempo. Depois, um programa informático analisa os traços do rosto e atribui uma pontuação a cada sorriso. A Omron, empresa fabricante do «sorrisómetro», garante que a intenção não é espiar os trabalhadores, mas sim evitar que estes sorriam demasiado, uma vez que isso pode enervar os clientes. A pontuação de sorrisos recomendada é entre 70 e 100."

iol diário

Existirá mais alguma coisa que não devamos fazer para nos aliviar neste tempo de crise?!!
Sorrio sim, para todos aqueles que me fazem feliz!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Puppet

Algures numa perpendicular à Rua da Rosa - Lisboa

A deambular pelos caminhos tortuosos das lembranças, deixo que entre em mim a angústia de saber que o tempo faz com que tudo se gaste, inclusive os sentimentos que outrora eram alegres e hoje são tristes, como as cores que trazes vestidas.
Olho para ti e vejo-te já tão gasto, tão raquítico, tão sem valor, mas mesmo assim deixo-te ficar ao meu lado, deixo que as lembranças dos dias áureos tomem conta de mim, aqueles em que vestias cores fortes e tinhas uma forma delineada, aqueles em que sorria ao ver-te, em que brincava contigo, como se fosses o meu único brinquedo.
Falava contigo horas a fio...perdia-me nas horas... tardes, noites... não me cansava de partilhar contigo aquilo que não partilhava com mais ninguém.
Um dia senti que precisava crescer e queria que as conversas se tornassem mais sérias, sobretudo precisava de ter as respostas que nunca poderia ter contigo.
Saí do casulo... mas às vezes relembro aquelas tardes, às vezes de tanto medo que tenho das repetições, de tanto medo que tenho de me ter habituado apenas e só a partilhar, sem ter de volta o mínimo sentimento, vejo-me a agir friamente como tu e então volto para o teu lado, onde penso que tudo é certo e não pode ser mais do que isto... e esqueço o mundo.
Nunca pudeste entender nada do que te dizia, embora to repetisse vezes sem conta... tantas coisas que partilhei contigo e de forma tão inocente transmites-me que não consegues perceber uma palavra do que te digo. Logo tu, que sempre estiveste comigo, logo a ti que tantas vezes molhei com as minhas lágrimas, a ti que abracei nos dias em que precisava de força... tu que passaste por tudo do meu lado, mas que não foste mais do que um figurante!
Preciso crescer, preciso aprender a receber...
Revolto-me e coloco-te no parapeito da janela...
Ali ficas, até que um dia ganhe coragem e te jogue no precipício, aquele que às vezes caio quando me fazes sentir só e quando demonstras tão pouca emoção/sentimento por tudo que te digo... Palavras com sentimento, a nossa história contada por mim, foi o que expressei...

domingo, 17 de maio de 2009

Pequenos olhos...

LLH - Lisboa, Maio 2009

Olho para o lado e de repente detenho-me nesses pequenos olhos.
Vejo-te tão pequeno e
vestido de branco como se Pureza fosse o teu nome. Tento perceber nesse olhar algum nervosismo ou até mesmo pânico de veres vultos tão maiores que tu, dessas sombras que se materializam tão perto de forma a que não as consigas ver por completo.. imagino que esses pequenos olhos não alcancem tudo. Penso como será sentires essa mão que te envolve e não te deixa mover mais que uns milímetros.... no sufoco que deve ser ter uma mão que nos prende todos os movimentos, uma mão capaz de sentir o bater descompaçado de um pequeno coração e a respiração rápida, mas de certa forma resignada ... uma mão que podia sentir... mas essa mão que te envolve, apenas sabe que te tem e daí não sais! De resto, o mais importante é chegar a casa e arranjar uma gaiola decente para viveres! 
"Bom, bom era que fosses macho...", mas essa mão não sabe senti-lo...
Quando finalmente ela te libertar, demorarás uns minutos a perceber que poderás abrir as asas, mas que elas servirão de pouco, pois estás novamente cercado, por uma espécie de mão... que te permite movimentos, te deixa saltar, comer, beber, cantar quiçá, mas te mantém num local onde tudo será condicionado por essa mão que agora te envolve. Serás alimentado por ela, viverás enquanto ela quiser...
Por momentos, voo eu para longe dali, deixo de ver esses pequenos olhos e vejo-me a mim mesma, tão pequena que caibo numa mão, uma mão que também não sente o bater do meu coração, que não me deixa abrir as asas e voar para longe dali, que não me afasta dos vultos que se aproximam... por momentos também eu começo a sentir a minha respiração resignada... por momentos começo a sentir falta do alimento que essa mão não fornece...
Parque Real... e lá vais tu pequeno canário... eu sigo viagem, já de volta ao meu mundo, onde não existe mais nenhuma mão capaz de ser tão insensível ao bater do meu coração! 

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A falecida Vapt-Vupt

Tnsj

Se há algo que me dá prazer é "organizar" estas idas ao teatro. 
Vou colocando aqui as peças que vejo, para que a memória não me falhe, pois ultimamente é um corropio. 
No início éramos 3 e em poucos meses o número foi aumentando. Decidi que o teatro podia ser um bom motivo para juntar os amigos e termos uma noite diferente. As pessoas foram concordando!
21h15 no átrio do teatro, início do espectáculo às 21h30 (em ponto).

"Boa noite, sejam bem vindos ao teatro..."

Saí do trabalho às 17h30 e fui levantar os bilhetes para "A falecida Vapt-Vupt". 
Venho levantar as 9 reservas para a estreia da peça hoje à noite.
A S., simpática como sempre, prepara tudo. 
- Até logo, boa peça!
Hoje posso mesmo dizer que me sinto feliz por ter juntado 8 amigos tão diferentes, alguns que nem se conheciam... A fila era quase toda nossa :-)
Gosto mesmo deste convívio e é um prazer tratar de tudo!
Agora passemos à peça:

Zulmira, é a personagem principal, uma mulher tuberculosa, que tem como último(quase único) desejo um enterro de luxo! Apesar da sua vida modesta e do marido estar desempregado, ela sabendo que vai morrer organiza tudo para que o seu funeral seja o mais luxuoso de todos. 
Para isso procura Timbira, o verdadeiro vigarista, acompanhado pelos seus 2 funcionários, que promete a Zulmira um funeral como "nunca se viu"! Mas a imagem da prima Glorinha (mulher loira), não abandona o pensamento de Zulmira... e depois do último suspiro, perecebemos porquê!
Zulmira tinha apenas um sonho, um sonho que só morrendo poderia cumprir, como se ali, naquele momento em que ela já nada sente, em que já não pode esboçar um sorriso, em que o frio penetra no corpo, ela pudesse realizar todos os sonhos que a vida nunca lhe teria permitido.

Palmas, palmas... foi uma noite muito boa!
Next Stop: Prêt-à-Porter
In my mind: Os Europeus


quarta-feira, 13 de maio de 2009

206 - Quarto dos Namorados

by Nuno and Maria

... porque em alguns casos, as pessoas conseguem entender-se mesmo na ausência de som...
As imagens, as palavras, os sentimentos valem por si só...
Os momentos muito felizes, o riso, a amizade partilhada, os almoços e jantares maravilhosos, as bebidas misturadas, a chuva, o sol, o eléctrico, os cheiros, as sandálias, as paredes ;-), os quadros, as fotos, a "1ª vez", os chapéus, a cultura e a civilização...
Há uma sensação de que as coisas são irrepetíveis... igual nunca será, mas não tem que deixar de ser fantástico.
Gosto muito de ti!!!

domingo, 10 de maio de 2009

Depois de passear junto das violetas e sentir os aromas silvestres detive-me na mensagem "Back to the Palace".
Sim, eu também estava de regresso ao Palácio onde tinha visto a exposição Chaplin in Pictures, um local que me traz à memória uns dias bem passados, mas longe de chegar à dimensão deste regresso ali descrito.
Não será fácil explicar aquilo que nos faz apaixonar por uma peça, por um local ou até mesmo por uma pessoa... as palavras não parecem ter uma dimensão certa para tudo aquilo que sentimos cá dentro, aquilo que nos prende, aquilo que nos faz voltar vezes sem conta e nos faz querer sempre mais.
"D-Tales", foi aí que tudo começou... e da 'pequena' certeza que a fotografia nunca seria fiel ao trabalho do artista.
O tempo que ali me detenho a ver uma e outra vez cada quadro; a reparar nos detalhes; a 'discutir' com o Mister e a F. os pormenores; a ler as frases de Fernando Pessoa que também elas têm uma estória nesta homenagem do João Figueiredo a António Quadros, passa a correr e o avançar daquela que seria a hora do almoço não se faz sentir, pois aquilo que alimenta a minha alma se torna deveras importante face a tudo o resto. Aguça-me o apetite e alimenta-me por si só, tentar perceber a história por detrás da história em cada quadro, aqueles detalhes que o João refere como pessoais e que exaltam o mistério que me faz pensar vezes sem conta...
Desta forma consigo ver arcos e setas onde eles nunca existiram, ver harpas onde se encontra apenas tecido e tantas outras coisas que guardei cá dentro, assim como são guardadas as verdadeiras respostas.
A arte, que tem "o objectivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores" cumpriu o seu dever.
Obrigada João por estas horas bem passadas e pela sugestão de almoço que nos deliciou de seguida. Obrigada ao Mister pela sua companhia e à F. pela companhia e paciência com a minha tagarelice :-)
Ficou a faltar a dupla sugestão daquela vista sobre Lisboa, mas será cumprida num dia de sol.

"Só há em mim perguntas sem resposta: Instinto para amar, para durar,
A grande porta abrir-se-á um dia,
E tudo será noite, ou vida, ou luz..."
António Quadros

sábado, 9 de maio de 2009

Menina Júlia

"Sim, eu sou um homem e choro. Um homem não tem olhos ? Não tem também mãos, sentidos, inclinações, paixões ? Porque é que um homem não devia chorar?"
August Strindberg

Froken Julie | Menina Júlia
de August Strinberg

"Considerada a obra-prima de August Strindberg, "A Menina Júlia..." relata-nos a atracção e o choque entre uma jovem aristocrata, filha de um conde, e o criado de seu pai.
A acção desenrola-se na cozinha da casa senhorial, na noite de S. João. Júlia seduz Jean... Quando percebe a situação em que se coloca resolve fugir com Jean e, para conseguir dinheiro para a viagem, assalta o escritório do pai. Já de manhã, o conde regressa a casa e Júlia, aterrorizada com o que o futuro lhe reserva e induzida por Jean, resolve suicidar-se. Cristina, a cozinheira e noiva de Jean, assiste ao nascimento desta relação sempre com o olhar resignado de quem sabe pertencer a uma classe menos favorecida. Strindberg faz com que estas três personagens se movam tendo sempre como pano de fundo a guerra dos sexos e a luta de classes. Um texto altamente político sob a capa de uma intriga aparentemente romântica."

A minha estreia no TNDMII, foi marcada por uma Menina Júlia (Beatriz Batarda) a roçar várias vezes a esquizofrenia, um João (Albano Jerónimo) com garra de quem sabe o que quer e onde quer chegar e uma criada de nome Cristina (Isabel Abreu) consciente que o pouco que tem, lhe escapa aos olhos de todos aqueles que cantam e bebem na noite de S. João!
Gostei! Aliás, acho que posso dizer, gostamos!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Correio Feminino #3

Ter um amor! Amar... Ser dono de um carinho!... Será que alguém imagina o que isso significa?... É como ter o sol irradiante dentro d'alma! É a alegria de andar sobre a terra, e a arte de voar até às nuvens. É o dom de tornar brandos ou duros os deveres...
Nossa existência converte em luz as opacas névoas, e nos alivia de tudo quanto está dentro ou fora de nós mesmas...
O amor concilia tudo, prendendo-nos à vida e pondo-nos no coração o medo de perdê-la.
Utilizamos toda a energia material e espititual que possuimos, nesse grande e profundo bem terreno.
Quantas vidas renascem por um pouco de amor; quantas ilusões tomam corpo...
Cuidemos muito bem do amor que possuímos, pois se é verdade que ele nasce de menor coisa, também é verdade que se esvai sem facilidade, e qualquer coisa pode matá-lo; às vezes a falta de uma carícia; outras vezes uma simples corrente de ar frio...


Clarice Lispector

 texto original

terça-feira, 5 de maio de 2009

Hoje poderia ser um dia perfeito...

... se estivesse em Lisboa.
João Figueiredo
(... que me deixa sempre inspirada e agradavelmente surpreendida... um fascínio para os olhos...)


Fonte
(...de tão fantástico que é vê-lo e ouvi-lo ao vivo, mesmo depois de já ter ido a 3 concertos)


Dizem que nada é perfeito... pois não!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Candeeiro #11

Serralves - 2008

Gosto...

Studio Film Club by Peter Doig - Frankfurt 2008

Há uns dias, no espírito do concerto brega, mas super animado que fui, iniciei o texto "gosto..."! Inebriada pelas letras românticas deixei as palavras saírem...
Na verdade, hoje o "gosto" rondou-me de novo...
Gosto das sugestões feitas na hora certa...
Gosto das lembranças de pormenores e da perspicácia com que percebes as coisas (mesmo as que no ínicio pareciam menos óbvias).
Gosto da iniciativa do dia 1 para ser C..
Gosto das coisas banais que fazemos e gosto de não me cansar de estar assim.
Gosto de deixar que o vento nos guie, sem pressas.
Gosto quando não me deixas falar demasiado de coisas que não têm interesse nenhum.
Gosto da forma atenta e serena com que me ouves ler-te excertos da "Casa dos Buda Ditosos" como se fosse uma história de encantar banalíssima.
Gosto que me deixes encarnar o "espírito" daquilo que leio.
Gosto...
E vou gostando assim, sorrindo e vivendo calmamente... um dia de cada vez.